Por: Paulo Nurmberger Junior
Muitas vezes as coisas parecem obvias, mas claro, não são, como se segue.
O streaming é uma realidade consolidada para a grande maioria dos brasileiros há muito tempo. É difícil pensar em um único dia que não tenhamos assistido um vídeo (ou vários), via redes sociais ou através das inúmeras plataformas de filmes.
Também o e-commerce já faz parte da vida dos consumidores em nosso país.
Um levantamento recente feito pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, informa que 61% dos consumidores compram mais pela internet do que em lojas físicas – e a maioria (78%) afirma comprar uma ou mais vezes por mês. (Fonte: G1.globo.com)
Então a junção do e-commerce com as ações live commerce parece ser uma fórmula infalível, não? Seria “apenas” inserir um carrinho de compras nos players de vídeo e começar a vender através das transmissões ao vivo.
Mas a realidade difere um pouco (ou muito) da teoria. Existem alguns desafios a serem superados, entre eles:
· Disseminar este formato de ofertar produtos para a grande massa de potenciais consumidores;
· Fazer com que o púbico esteja disponível para consumir os produtos quando as lives estiverem acontecendo;
· Para uma fatia grande de empresas, o custo de produção x o resultado de vendas de uma ação de live sales também é um ponto a ser estudado com cuidado.
É fato de que o potencial deste formato de negócios é imenso e algumas empresas estão investindo alto nessa onda que tende a crescer de forma exponencial. Alguns players de mercado acreditam que o live commerce possa encostar nos números do e-commerce nos próximos anos.
Apenas como informação, o e-commerce brasileiro atingiu faturamento de R$ 262 bilhões em 2022, indicando crescimento de 1,6% ante ano anterior. Os dados foram levantados pela Nielsen|Ebit.
Ou seja, a probabilidade de crescimento do mercado de live commerce é gigantesco, podendo de fato alavancar a criação de novos unicórnios aqui no Brasil.
Porém este modelo de negócios ainda precisa achar seu formato específico de operação em nosso país. Existem várias possibilidades que vão muito além de uma transmissão ao vivo com um apresentador/influencer oferecendo um produto.
É necessário construir o ambiente com ações multifatoriais para que esse mercado alcance seu potencial de crescimento sustentável.
As empresas devem estudar a fundo estratégias de comunicação para gerar engajamento, disseminar informações de como, onde, e quais as reais vantagens de adquirir produtos e serviços através deste novo canal que não é exclusivamente de vendas, mas também de influência para conquista de futuros consumidores.
Vamos conversar sobre esse tema tão relevante para o mercado do varejo digital?